segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Até Quando Determinarão a Fé Alheia?

As três obras refletem o que a Igreja faz para se manter presente nas sociedades atuais — e o fez para marcar seu nome nas antigas. Com o poder bruto nas mãos, achou-se no direito de monopolizar o conhecimento e de punir aqueles que não concordassem com seu Dogma e os atos. A denotação disso nas obras é quando Branca torna-se vitima da Inquisição por ver a religião de uma forma contrária à oficial (apesar de outros fatores terem contribuído para sua condenação). Outro — o veto do Padre Olavo a Zé do Burro por este ter se levado por sua própria fé, não pela a Fé que a Igreja determina. Os monastérios detinham o conhecimento para garantirem que esse, nas mãos do povo ou de outras pessoas, não deturpassem a devoção católica. À época medieval, contudo, os interesses eram mais econômicos que religiosos. Hoje — na obra O Pagador de Promessas — a postura do Padre ainda é de poder, herdada pela história de sua religião, mas também é acuada. Pois ele nada poderia fazer para punir a “heresia” do personagem, protagonista — sabia ele que a Igreja perdia terreno entre os fiéis, e outras crenças sobrepunham-se à cristã.

O homem, sem conhecimento, só podia recorrer a Deus. E isso só fazia se por meio da Igreja Católica. A falta de liberdade o comprometia sem mesmo um dedo para fazer isso. A eles, outros valores eram superiores ao da Igreja porque eram estes praticados. O fato do noivo de Branca ter deixado tirarem sua vida por causa dela é um forte exemplo do inicio das relações interpessoais — o amor, a amizade. Por mais que algumas fossem falsas, Zé do Burro foi preocupação de muita gente que quis ajudá-lo. O fator coletivo, por mais que frágil, era existente.

O fim de O Pagador de Promessas e O Santo Inquérito é trágico: as duas personagens protagonistas morrem em nome da causa cristã e dos interesses católicos. Nisso, há denotado que a morte foi — para eles — a única solução dos problemas terrenos. E todas as obras têm o objetivo de visar à liberdade acima das outras coisas, como forma de se chegar a Deus.

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